UNIDADE DE VÍTIMAS ESPECIAIS: protegendo quem não pode se proteger!

A investigação de crimes especiais envolve, normalmente, grupos vulneráveis como vítimas de delitos, especificamente contra a liberdade física, sexual e contra a vida das pessoas mais sensíveis à praticas delituosas, protegendo aqueles que, "per se", não podem se proteger:

O abuso contra crianças perpassa, inclusive, pela prática de violência sexual, atuando contudentemente para aumentar a prevenção. As investigações envolvem um expertise nesta área, já que os crimes contra menores resultam em grande comoção sexual, sobretudo, quando o ato praticado resulta em sequelas físicas e psicológicas. Embora não seja infracional, as ações de repercussão apenas mentais também são alvo de ação por parte da divisão, através de parcerias. Cada 3 times tem um tenente supervisor. Em 2022 foram investigados 4.342 casos (72% de natureza sexual), com 260 deles levados ao Ministério Público para a devida persecução criminal, com taxa de aceitação de 38,1%. Além de entrevistas, há um amplo espectro de coleta de provas, todas com ampla aceitabilidade judicial, sobretudo em casos chamados de "prioridade", normalmente envolvendo agressores seriais e autoridades públicas. 

O tráfico de pessoas em Los Angeles também tem uma unidade investigativa específica. Fundado em 2015, é parcialmente financiado com recursos federais. É a maior equipe norte-americana que trata deste crime com vítimas especiais entre as unidades federativas. É localizado como produto de outros crimes, como assaltos e violência doméstica, além de relatos de pessoas desaparecidas, prostituição, queixas e outras fontes de informação. Atuam de forma célere, com um protocolo de primeira resposta, induzindo uma reatividade compatível à demanda social pela identificação e captura dos envolvidos:

A equipe que trata da investigação de crimes sexuais, de natureza violenta, especificamente dos chamados "predadores", ou seja, reincidentes contumazes nesta prática. O Estado da California, infelizmente, lidera o ranking deste tipo de crime nos Estados Unidos. A busca de respostas com celeridade é fundamental, já que o crescimento das vítimas dificulta a localização posterior de crianças desaparecidas, além de potencializar as sequelas. Aumenta exponencialmente a prática delituosa contra crianças e adolescentes através do uso da internet e das redes sociais.

Os 3 modais de crimes com vítimas especiais resultam na mesma perplexidade e comoção social com seus similares no Brasil. Portanto, a efetividade investigativa é prioritária no trabalho policial, sobretudo, para resultar numa resposta à sociedade sobre a rigidez e inflexibilidade com os criminosos que praticam tais atos.

AUTORES

Maj PM Eduardo MOSNA XAVIER (Doutorando em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e Subcomandante do 14° BPM/M)

Maj PM Ivan GONZAGA de Oliveira (Doutorando em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES / Subcomandante do 1° BPTran)

Maj PM Valdinei ARCANJO da Silva (Doutorando em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES / Subcomandante do 2° BPChq)